domingo, 20 de janeiro de 2008

PRECISA-SE

De pessoas que tenham os pés na terra e a cabeça nas estrelas.
Capazes de sonhar, sem medo de seus sonhos
Tão idealistas que transformem seus sonhos em metas
Pessoas tão práticas que sejam capazes de tomar suas metas realidade
Pessoas determinadas que nunca abram mão de construir seus destinos e
Arquitetar suas vidas
Que não temam mudanças e saibam tirar proveito delas
Que tornem seu trabalho objeto de prazer e uma porção substancial de realização pessoal
Que percebem, na visão e na missão de suas empresas
Um forte impulso para sua própria motivação
Pessoas com dignidade, que se conduzam com coerência em seus discursos
Seus atos, suas crenças e seus valores
Precisa-se de pessoas que questionem, não pela simples contestação
Mas pela necessidade íntima de só aplicar as melhores idéias
Pessoas que mostrem sua face serena de parceiros legais
Sem se mostrar superiores nem inferiores
Mas... iguais
Precisa-se de pessoas ávidas por aprender e que se orgulhem de absorver o Novo.
Pessoas com coragem para abrir caminhos
Enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados.
Sem medo de errar
Precisa-se de pessoas que construam suas equipes e se integrem nelas
Que não tomem para si o poder, mas saibam compartilhá-lo
Pessoas que não se empolguem com seu próprio brilho
Mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto
Precisa-se de pessoas que enxerguem as árvores
Mas que também prestem atenção na magia da floresta
Que tenha a percepção do todo e da parte
Seres humanos justos, que inspirem confiança e demonstrem confiança nos parceiros.
Estimulando-os, energizando-os, sem o receio que lhe façam sombra e sim
Orgulhando-se deles
Precisa-se de pessoas que criam em torno de si um ambiente de entusiasmo.
De liberdade, de responsabilidade, de determinação, de respeito e de amizade.
Precisa-se de seres racionais.
Tão racionais que compreendam que sua realização pessoal está atrelada á vazão de suas emoções.
É na emoção que encontramos a razão de viver.
Precisa-se urgentemente de um novo ser.

Isac Liberman

PESSOAS SÃO UM PRESENTE

Pessoas são um presente. Algumas têm um embrulho bonito, como os presentes de Natal, Páscoa ou festa de aniversário. Outras vêm em embalagem comum. E há as que ficaram machucadas no correio...
De vez em quando chega uma Registrada. São os presentes VALIOSOS. Algumas trazem invólucros fáceis. De outras é dificílimo, quase impossível tirar a embalagem. É fita durex que não acaba mais...
Mas... a embalagem não é o presente. E tantas pessoas se enganam, confundindo a embalagem com o presente.
Por que será que alguns presentes são complicados para agente abrir? Talvez porque dentro da bonita embalagem haja pouco valor. E bastante vazio, bastante solidão. A decepção seria grande. Também você amigo. Também eu, somos um presente para os outros. Você para mim. Eu para você. Triste se formos apenas um presente-embalagem: muito bem empacotado e quase sem nada lá dentro.
Você já experimentou essa imensa alegria de vida? A alegria profunda que nasce da alma, quando duas pessoas se comunicam virando presente uma para outra?
Conteúdo interno é segredo para quem deseja tornar-se PRESENTE aos irmãos de vida e não apenas embalagem...
A verdadeira alegria, que a gente sente e não consegue descrever, só nasce no verdadeiro encontro com alguém.

Autoria desconhecida.





Para uma pessoa muito especial

Sabe que a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques; com surpresas agradáveis, alguns acidentes...;
Quando nascemos entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que virão a ser essenciais para nós. É o embarque dos nossos irmãos, nossos amores, nossos filhos.
Há pessoas que toma esse trem só a passeio. Outros carregam só tristezas. Outros circularão prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros quando desocupam o assento ninguém nem se quer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, se acomodam em vagões diferentes do nosso.
Portanto, somos obrigados a fazer o trajeto separado deles, o que não impede, claro, que cheguemos até o vagão deles. Mas, muitas vezes chegamos e não podemos sentar porque o lugar ao lado deles já está ocupado.
Não importa! É assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, despedidas, porém jamais retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor forma possível. Tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando que, em nossas fraquezas eles poderão nos ajudar. O grande mistério é que nunca saberemos em qual estação vamos descer. Por isso temos que fazer com que nossa viagem nesse trem seja tranqüila e feliz e que cada dia valha a pena.



sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

BOM DIA...


A coisa mais importante que você possui é o DIA DE HOJE.

O dia de hoje mesmo que esteja espremido entre o ontem e o amanhã, deve merecer sua total prioridade.

Só hoje você pode ser feliz; o amanhã ainda não chegou e já é muito tarde para ser feliz ontem.

A grande maioria das dores é fruto dos restos de ontem ou dos medos do amanhã.

Viva o dia de hoje com sabedoria; decida como irá alimentar seus minutos, o seu trabalho, o seu descanso, e faça tudo o que for possível para que o dia de hoje seja seu, já que lhe foi dado tão generosamente.

Respeite-o de tal maneira que, quando for dormir, você possa dizer:
“HOJE EU FUI CAPAZ DE VIVER E DE AMAR!!!”


Autoria desconhecida.


A FIRMEZA DA RODA


Nos idos do século III a.C., o colapso da dinastia Qin acabava de se completar. Subia ao poder a dinastia Han, cujo imperador, Liu Bang, unificara a China. Para comemorar o feito, Liu Bang, convidou o primeiro escalão do exército e da polícia, além de poetas e professores, para uma grande festa. Entre os convidados estava Chen Cen, o mestre a quem Liu Bang costumava procurar para obter conselhos durante sua campanha de unificação. O banquete foi o maior já visto. Ao centro da mesa sentou-se Liu Bang com seus três chefes maiores: Xiao He, que administrou a logística das guerras pela unificação; Han Xin, que organizou e liderou as batalhas; e Chang Yang, que formulou a estratégia diplomática e política do novo império. Em outra mesa sentaram-se Chen Cen e três discípulos.

Enquanto a comida era servida, liam-se discursos, distribuíam-se condecorações, artistas se exibiam aos convidados. Todos pareciam alegres – menos os discípulos de Chen Cen, “Mestre”, um deles falou, “tudo é grandioso e apropriado para a ocasião, mas a razão das comemorações é um enigma para nós”. Sentindo a hesitação do discípulo, o mestre gentilmente o encorajou a continuar. “No centro da mesa está Xiao He. Seu conhecimento sobre logística não pode ser questionado. Sob sua administração, os soldados estiveram sempre bem alimentados e armados, qualquer que fosse o território. Próximo a ele está Han Xin, cujas técnicas militares são irrepreensíveis. Ele sabe exatamente onde emboscar o inimigo, quando avançar, quando retroceder. Ele venceu todas as batalhas. Por último está Chang Yang, que conhece a dinâmica da política e da diplomacia como a palma de sua mão. Ele sabe com qual país alinhar-se, como ganhar favores políticos ou afastar um chefe político sem causar brigas. O que não conseguimos entender é o próprio imperador. Ele não pode reivindicar conhecimento em logística, batalhas ou diplomacia. Então, como é que pode ser ele o imperador?”

O mestre sorriu e convidou seus discípulos a imaginar a roda de uma carruagem. “O que determina a resistência de uma roda que leva adiante a carruagem?”, ele perguntou. Depois de um momento de reflexão, um dos discípulos respondeu: “não é a firmeza dos raios da roda, mestre?” Ao que o mestre replicou: “Por que, então, duas rodas feitas de raios idênticos diferem entre si em resistência? Vejam além do que pode ser visto. Nunca se esqueçam de que uma roda não é feita apenas de raios, mas de espaços que separam esses raios. Raios fortes mas dispostos erradamente fazem uma roda fraca. O potencial pleno desses raios depende da harmonia com que sejam dispostos. A essência na arte de fazer rodas de carruagem está na habilidade do artesão de conceder e criar o espaço que balanceia os raios. Agora me digam, quem é o artesão aqui nesta festa?”.

Fez-se o silêncio, até que o outro discípulo perguntasse: “Mas, mestre, com um artesão se assegura da harmonia entre os raios?” O mestre respondeu: “Pense na luz do sol. Em qual direção crescem as árvores e as flores, a não ser buscando a luz? O mesmo faz um artesão como Liu Bang. Depois de colocar indivíduos em posições em que liberam todo seu potencial, ele assegura ao lhes dar crédito pelas conquistas. Ao final, como as flores e as árvores que crescem voltadas para o sol, os indivíduos crescem voltados para Liu Bang, com devoção”.

CORRESPONDÊNCIA

Começo de ano

Jô Soares

Querido filho:

Como vai você? Eu vou bem. Apenas algumas linhas para desejar um feliz ano novo. Estou te mandando esta carta depois das festas para evitar que ela chegue atrasada. Também escrevo para que você saiba que eu continuo viva. Eu estou escrevendo bem devagarzinho porque eu sei que você não consegue ler depressa.

Quando você voltar de viagem, não vai nem mais reconhecer a nossa casa. Nós mudamos.
Seu pai conseguiu um novo emprego maravilhoso. Tem mais de 500 pessoas embaixo dele. Ele agora é jardineiro de cemitério. Sua irmã Maria deu à luz hoje de manha. Ainda não sei se é um menino ou uma menina, então não posso dizer se você é titio ou titia.

Outro dia seu cunhado caiu dentro de um enorme barril de cachaça. Os bombeiros levaram uma semana para tirar ele de lá. Ele resistiu o mais que pôde. Infelizmente, bebeu tanto que morreu encharcado. A família resolveu cremar corpo. Ele demorou quinze dias para apagar. Falando em enterro, o funeral da Ismênia, aquela minha amiga quem era artista de teatro, foi um tremendo sucesso. As pessoas aplaudiram tanto que os coveiros tiveram de subir e descer o caixão quinze vezes.

Estive no médico na segunda-feira e seu pai foi comigo. O doutor enfiou um canudinho cheio de marquinhas entre os meus dentes e disse para eu ficar com a boca fechada e não falar por cinco minutos. Seu pai quis comprar o canudinho dele.

Sua irmã esta se separando do marido. Pegou ele em flagrante num motel. Ele ia entrando e ela ia saindo.

Apesar de não querer, a vizinha acabou tendo um filhinho. Parece que a empregada trocou a caixinha de pílulas com um frasco de adoçante e ela teve um bebê mais doce do mundo. Agora ela jura que não vai engravidar nunca mais. Esta usando aspirina. Uma só, que ela segura bem firme, o tempo todo, entre os joelhos.

Esta semana só choveu duas vezes: de segunda a quinta e de sexta a domingo.

Como sei que você esta procurando emprego, li um anuncio no jornal que você não pode perder. O salário é alto e o cargo é de diretor de empresa. Não sei bem qual é o trabalho, mas estava escrito bem claro, em letras grandes: “INÚTIL SE APRESENTAR SEM REFERÊNCIAS”.como você sempre foi um inútil e nunca teve referencia nenhuma, vai ser perfeito para você.

Vou acabar de escrever esta carta porque o papel está acabando e o padeiro hoje não trouxe o pão embrulhado. Se mesmo assim você continuar lendo, é que esta carta não é minha.

Beijos.

da Mamãe.

PS.: Eu queria aproveitar o começo do ano para mandar um dinheiro para você, mas acontece que já fechei o envelope.
(Revista Veja, jan. 1996.)





http://educar.wordpress.com/2007/09/28/caixa-de-correio-2/

NA CARPINTARIA...



Contam que na carpintaria houve uma vez estranha reunião. Foi uma reunião de ferramentas para tirar as suas diferenças.
O martelo exerceu a Presidência, entretanto lhe foi notificado que teria que renunciar. Por que? Fazia demasiado ruído. E, também, passava o tempo todo golpeando.
O martelo aceitou a sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso.
Disse que ele necessitava dar muitas voltas para que servisse para alguma coisa.
Ante ao ataque, o parafuso aceitou também, mas na sua vez pediu a expulsão da lixa.
Fez ver que era muito áspera em seu tratamento e sempre teria atritos com os demais.
A lixa esteve de acordo, com a condição que também fosse expulso o metro, que sempre ficava medindo aos demais segundo sua medida, como se fora o único perfeito.
Nisso entrou o carpinteiro, colocou o avental e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Finalmente, a grossa madeira inicial se converteu em um lindo móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a reunião recomeçou.
Disse o serrote: “Senhores, se há demonstrado que todos temos defeitos, entretanto o carpinteiro trabalha com nossas qualidades. Isto é o que nos faz valiosos, assim, superemos nossos negativos e concentremo-nos na utilidade de nossos pontos positivos.
Todos concluíram então que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar a aspereza, e observavam que o metro era preciso e exato. Sentiram-se então uma equipe de PRODUZIR móveis de QUALIDADE.

Sentiram-se felizes com suas fortalezas e por trabalharem juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos.
Observe e comprovará. Quando as pessoas buscam pequenos defeitos nos demais, a situação se transforma em tensa e negativa. Ao tratar com sinceridade e perceber os pontos fortes dos demais, é quando florescem os melhores lucros dos seres humanos. É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode faze-lo, entretanto, encontrar qualidades é tarefa para aquele NOBRE DE ESPÍRITO, que são capazes de inspirar todos os êxitos humanos.

POR QUE DESPEDI MINHA SECRETÁRIA?


Um executivo explicando a um amigo os motivos pelos quais despediu sua secretária.
“Há duas semanas”, disse ele, “era meu 45º aniversário e eu não estava lá essas coisas, naquela manhã. Dirigi-me à copa para o café na expectativa de que a minha esposa estaria contente e diria “FELIZ ANIVERSARIO, QUERIDO!”. Bem, pensei, esta é a mulher que você merece. As crianças certamente irão lembrar. Mas as crianças chegaram e não disseram uma palavra. Então, quando me dirigia para o trabalho, eu estava bastante abalado e desanimado”.
Assim que entrei no meu escritório, Janete disse: “Bom dia, chefe, feliz aniversário!”, então me senti um pouco melhor, finalmente alguém havia se lembrado. Trabalhei até o meio-dia, quando minha secretária entrou na sala e disse: “Sabe chefe, está um dia tão lindo e já que é seu aniversário, poderíamos almoçar juntos só o senhor e eu”. “Ótimo”, disse , “esta foi a melhor coisa que ouvi hoje. Vamos embora”. Fomos almoçar em um lugar bastante reservado, no campo. Tomamos dois Martins e nos divertimos muito. No caminho de volta, Lea disse: “Chefe, está um dia tão lindo que não devemos voltar ao escritório hoje, o senhor não acha?” e eu respondi: “Bem, acho que realmente não é necessário” e ela: “Vamos ao meu apartamento e lá tomamos mais um drinque.” Dirigimo-nos, então ao apartamento dela. Saborei mais um Martini e fumei um cigarro. Aí, então, ela disse: “Chefe se não se importar, acho que vou até meu quarto colocar uma roupa mais confortável”. “Tudo bem”, disse eu, “fiquei à vontade”.
Ela foi ao seu quarto e decorridos mais ou menos seis minutos ela saiu do mesmo carregando um enorme bolo de aniversário seguida pela minha mulher e meus filhos, todos cantando “PARABÉNS A VOCE...” e lá estava eu sentado na sala sem nada no corpo, além das minhas meias.

PS: Imagem retirada de: http://ocontrablog.blogspot.com/2007/10/um-soco-de-trs-em-trs-anos-aceitvel-com.html

OS SONS DA FLORESTA


No século III d.C., o rei Ts’ao mandou seu filho, o príncipe T’ai, ir estudar no templo com o grande mestre Pan Ku. O objetivo era preparar o príncipe, que iria suceder ao pai no trono, ara ser um grande administrador. Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre Pan Ku logo o mandou, sozinho, à floresta de Ming-Li. Ele devia voltar um ano depois, com a tarefa de descrever os sons da floresta. Passado o prazo, T’ai retornou e Pan Ku lhe pediu para descrever os sons de tudo aquilo que tinha conseguido ouvir.

“Mestre”, disse o príncipe, “pude ouvir o canto dos cucos, o roçar das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo suavemente na grama, o zumbido das abelhas e o barulho do vento cortando os céus”. Quando T’ai terminou, o mestre mandou-o de volta à floresta para ouvir tudo o mais que fosse possível. T’ai ficou intrigado com a ordem do mestre. Ele já não tinha distinguido cada som da floresta?

Por longos dias e noites o príncipe se sentou sozinho na floresta, ouvindo. Mas não conseguiu distinguir nada de novo além daqueles sons já mencionados ao mestre Pan Ku. Então, certa manhã, sentado entre as árvores da floresta, começou a discernir sons vagos, diferentes de tudo o que já ouvira antes. Quanto mais atenção prestava, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. “Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse”, pensou. Sem pressa, o príncipe passou horas ali, ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria ter a certeza de que3 estava no caminho certo.

Quando T’ai retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais ele tinha conseguido ouvir, “Mestre, respondeu reverentemente o príncipe, “quando prestei mais atenção, pude ouvir o inaudível – o som das flores se abrindo, do sol aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da manhã”. O mestre acenou com a cabeça em sinal de aprovação. “Ouvir o inaudível é ter a disciplina necessária para se tornar um grande administrador”, observou Pan Ku. “Apenas quando aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, os medos não confessados e as queixas silenciosas, um administrador pode inspirar confiança a seu povo, entender o que está errado e atender às reais necessidades dos cidadãos. A morte de um país começa quando os líderes ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem mergulhar a fundo na alma das pessoas para ouvir seus sentimentos, desejos e opiniões reais.

PS: Imagem retirada de: http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/2005/03/hoje_1.html

Maneiras de dizer as coisas

Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

- Mas que insolente – gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.

Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saia do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

- Lembra-te meu amigo – respondeu o adivinho – que tudo depende da maneira de dizer...

Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça , a paz ou a guerra.

Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma como ela é comunicada é que têm provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvermos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.

A embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.

Ademais, será sábio de nossa parte, antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, devemos dize-la a nós mesmos diante do espelho.

E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo é ter sempre em mente que o que fará diferença é a maneira de dizer as coisas...

Autor desconhecido.



Nem tudo é o que parece





Preâmbulo

Quando alguém começava a frase “Eu não sou racista, mas...” você pode estar certo que o que segue será uma declaração racista que desmentirá espetacularmente o seu preâmbulo. Ninguém é mais racista do que quem começa dizendo que não é.
“Eu não sou moralista, mas...” geralmente precede uma posição moralista de embaraçar um Savonarola.
“Eu não tenho nada contra, mas...” Segue um catálogo de coisas contra.
O hábito do preâmbulo imediatamente contrariado tem o seu lado bom. Significa que quem o usar pelo menos reconhece que vai destoar do que seria um pensamento normal, universal, esclarecido e correto. Que precisa se precaver e fornecer uma espécie de salvo conduto para sua opinião externa.
Às vezes o salvo conduto vem no fim, como um adendo.
- Acho que, comunista, tem que matá.
Silêncio. Troca de olhares.
- Não que eu seja um reacionário...
Suspiros de alívio, tudo esclarecido. O cara não é um reacionário. Ainda bem.
A verdade é que devemos ter muito cuidado com os preâmbulos. De preferência, fugir deles. Por exemplo:
- Posso te fazer uma pergunta?
Este é mortal. No meio de uma conversa, no meio de outras perguntas, vem o pedido de permissão para fazer uma pergunta. Que conversa será mais séria, mais difícil e potencialmente mais indiscreta ou agressiva do que as perguntas para as quais nenhuma permissão é necessária.
Evite-a.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Não!
- Mas...
- Não pode!
Mas o pior preâmbulo, o que já deflagrou mais desentendimento e discórdia e acabou com mais amizade, casamentos e carreiras do que qualquer outro, o que deveria ser banido de todos os vocabulários para que a humanidade vivesse em paz, é:
- Posso ser franco?
Não deixe! Exija falsidade, hipocrisia, mentiras ou silêncio.
Tudo menos franqueza.
Melhor ainda: corra.

(VERÍSSIMO, Luiz Fernando, Diário de Pernambuco, 03 de Fevereiro de 2002).




Luis Fernando Verissimo: erudição e vocabulário sofisticado: http://www.ufmg.br/boletim/bol1509/oitava.shtml

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A sonegação de informações também vai gerar problema na comunicação

Preocupados com o baixíssimo índice de natalidade, os dirigentes de um certo país criaram uma lei obrigando os casais a terem um determinado número de filhos.
A lei condicionava todos os casais a terem, pelo menos, um filho ao final dos três primeiros anos de matrimônio.
Caso isso não acontecesse, o Governo destacaria um funcionário especialmente treinado para ser o Agente Procriador.
Os fatos abaixo relatados constituem a mais justa expressão da verdade.
Mulher: Você sabe que dia é hoje?
Marido: Sei. Hoje fazemos três anos de casados. E ainda não cumprimos nosso papel para com o Estado.
Mulher: Será que eles vão enviar o tal Agente Procriador?
Marido: Sei lá! O que eu sei é que a gente não pode recusar. Você sabe como eles são rigorosos nesses assuntos.
Mulher: Será que ele vem hoje?
Marido: Sei lá, querida. O que eu sei me que eu estou atrasado para o trabalho. Mais tarde a gente conversa.
Logo após a saída do marido, batem à porta., a mulher abre e encontra um homem a frente. Era um fotógrafo que se enganara de endereço.
Homem: Bom dia, eu sou...
Mulher: Já sei... pode entrar.
Homem: Seu marido está em casa?
Mulher: Não. Ele foi trabalhar.
Homem: Presumo que a senhora e ele já estejam a par...
Mulher: Sim. Meu marido já sabe de tudo e também concorda.
Homem: Ótimo, então vamos começar?
Mulher: Mas já? Assim tão rápido?
Homem: Preciso ser breve, pois ainda tenho mais de seis casais para visitar.
Mulher: Puxa, e o senhor agüenta?
Homem: É claro que eu agüento. Eu adoro o meu trabalho. Ele me dá muito prazer.
Mulher: Então como vamos fazer?
Homem: Permita-me sugerir: uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá, uma no corredor, duas na cozinha e a última no banheiro.
Mulher: Nossa... mas não é muito?
Homem: Minha senhora! Nem o melhor artista de nossa profissão conseguiria bons resultados na primeira tentativa. Temos que fazer várias! Numa dessas, a gente acerta bem na mosca.
Mulher: O Senhor já visitou alguma casa neste bairro?
Homem: Não, mas tenho comigo algumas amostras dos meus últimos trabalhos. Veja! (mostrando fotos de crianças). Não são lindos?
Mulher: Como são belos esses bebês! Foi o senhor mesmo que fez?
Homem: Sim. Veja este aqui. Foi conseguido na porta de um Supermercado.
Mulher: Nossa... não lhe parece um tanto público?
Homem: Sim, mas a mãe era artista de cinema e queria publicidade.
Mulher: Eu não teria coragem de fazer isto.
Homem: Este aqui foi em cima de um ônibus.
Mulher: Que horror!
Homem: Esse foi um dos serviços mais duros que fiz.
Mulher: Imagino.
Homem: Veja esse, foi conseguido num parque de diversões em pleno inverno.
Mulher: Credo... como é que o senhor conseguiu?
Homem: Não foi fácil! Tinha neve caindo e uma multidão ficou olhando. Quase não pude acabar.
Mulher: Ainda bem que eu sou discreta e não quero que ninguém veja.
Homem: Ótimo, eu também prefiro assim. Agora, se a senhora me der licença, eu vou armar o tripé.
Mulher: Tripé? Para quê?
Homem: Bom , madame. É necessário. O meu aparelho, além de pesado, depois de pronto para funcionar, mede um metro.
A mulher desmaiou.

PS: Imagem retirada de: http://educar.wordpress.com/2007/10/03/